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3. FUNDAMENTOS DO ENSINO À DISTÂNCIA

3.1 Características

  • Separação Professor-Aluno
  • O docente não se faz presente, mas transmite conhecimentos ao aluno, suscita sua aprendizagem através do planejamento da instrução, do qual participou, e dos recursos didáticos que elaborou.
  • Em muitos cursos na modalidade EAD (Educação à Distância), há previsão de momentos presenciais em que o aluno tenha contato direto com o professor/tutor para dirimir dúvidas e/ou receber explicações complementares e participar de momentos de avaliação.
  • O acompanhamento do aluno, durante todo o processo ensino-aprendizagem, desenvolvido pela instituição de ensino e pelo professor/tutor, é indispensável e supera o fator separação/distância, proporcionando a quem aprende a certeza de não estar sozinho.
  • Utilização de Meios Técnicos
  • Atualmente, não existem distâncias nem fronteiras para o acesso à informação e à cultura.
  • Os recursos técnicos de comunicação (impressos, áudios, vídeos), acessíveis a boa parte da população, têm possibilitado o grande avanço da Educação à Distância e se convertido em propiciadores da igualdade de oportunidades de acesso ao conhecimento e da democratização das possibilidades da educação.
  • Convém destacar que apesar dos avanços tecnológicos, o material didático impresso continua sendo o meio mais largamente usado em cursos de EAD, com um percentual de cerca de 73% de todos os cursos ministrados no mundo (Garcia Aretio, 1995). Este fato não invalida a utilização de outros recursos técnicos de comunicação.
  • A escolha e a utilização dos recursos didáticos em programas de EAD dependem do diagnóstico da população-alvo e do planejamento da instrução previamente estabelecido.
  • Organização de Apoio-Tutoria
  • É possível que uma pessoa, dispondo de bons recursos didáticos auto-instrucionais, seja capaz de aprender sozinha.
  • Existem autodidatas que alcançaram projeção e sucesso socio-profissional.
  • A Educação à Distância pode ser situada entre a Educação Presencial (face a face) e a solitária (autodidata), pois conta com uma instituição de ensino que tem por finalidade apoiar o aluno, motivando-o, facilitando e avaliando continuamente sua aprendizagem.
  • Enquanto na Educação Presencial há uma relação de responsabilidade estabelecida entre professor/aluno, na Educação à Distância ocorre a relação instituição/aluno.
  • A atuação do TUTOR (orientador de aprendizagem do aluno) é muito importante, podendo-se dar à distância ou presencialmente, individualmente e em pequenos grupos.
  • Aprendizagem Independente e Flexível
  • O cuidadoso planejamento do processo ensino-aprendizado em EAD possibilita o trabalho independente e a individualização da aprendizagem, devido à flexibilidade que se poderá imprimir a esta modalidade educativa.
  • Através da EAD, procura-se não somente transmitir conhecimentos, mas tornar o aluno capaz de aprender a aprender e aprender a fazer, de forma flexível, respeitando sua autonomia em relação ao tempo, estilo, ritmo e método de aprendizagem, tornando-o consciente de suas capacidades e possibilidades para sua autoformação.
  • As novas tecnologias da comunicação propiciam a aprendizagem autônoma, pois o aluno, mesmo à distância, ao longo de sua aprendizagem, pode, inúmeras vezes, manter contato com o professor/tutor, a instituição promotora do curso e outros alunos. Desta forma, a distância diminui, a solidão é minimizada e a individualização da aprendizagem é entrecortada por alguns momentos de socialização.
  • Comunicação Bidirecional
  • Na EAD, o aluno não é um simples receptor de mensagens educativas e conteúdos planejados, produzidos e distribuídos por um centro docente, sem possibilidade de esclarecimentos e orientações.
  • A atividade educativa, como processo de comunicação, é bidirecional, com o conseqüente feedback entre docente e aluno. O diálogo consubstancia, assim, a otimização do ato educativo.
  • O aluno pode responder às questões que lhe são propostas nos materiais instrucionais, assim como pode propor um diálogo com o seu tutor, enriquecendo sua atividade de aprendizagem.
  • O diálogo também pode ser simulado por intermédio da conversação didática guiada entre docente e aluno, proporcionada pelos materiais de estudo.
  • A intensidade da comunicação bidirecional pode tornar os programas de EAD mais ou menos distantes de seus destinatários, devendo ser dirigida com o maior empenho para que esta distância tenha o menor significado e influência possíveis.
  • Enfoque Tecnológico
  • A educação é otimizada pela tecnologia quando vista sob uma concepção processual planificada, científica, sistemática e globalizadora.
  • Nunca é demais lembrar a afirmação de Garcia Aretio : "toda ação educativa converte-se em uma técnica apoiada em uma ciência".
  • O planejamento sistemático instrucional e pedagógico é imprescindível aos sistemas à distância, onde a correção de problemas, quando surgem, não pode ser feita de imediato.
  • Em EAD, não podem ocorrer a improvisação no planejamento e na execução de um programa e a descoordenação entre os diversos recursos pessoais e materiais de um sistema multimídia, pois a retroalimentação do sistema não se dá prontamente, havendo, portanto, desvios e sérios prejuízos para os alunos.
  • Comunicação Massiva
  • As novas tecnologias de informação e os modernos meios de comunicação tornaram inesgotáveis as possibilidades de recepção de mensagens educativas, eliminando fronteiras espaço-temporais e propiciando o aproveitamento destas mensagens por grande número de pessoas, dispersas geograficamente.
  • Pode-se ensinar bem à distância, usando os meios massivos de comunicação, suprindo com vantagem a ausência do professor. Observa-se, então, a economia de escala, já que a mesma mensagem, cujo planejamento e produção comportaram um custo, pode ser massivamente recebida.
  • A comunicação massiva não é possível no ensino presencial, pelas limitações espaço-temporais da sala de aula e da presença do professor.
  • Os sistemas flexíveis de educação, de acordo com as novas correntes educativas centradas na educação aberta, devem estar mais atentos aos alunos individualmente, com suas exigências, motivações e necessidades, do que às da instituição. Assim, o aluno poderá iniciar um curso quando desejar, desenvolvendo-o de acordo com seu tempo disponível para estudar em seu ritmo de aprendizagem. Pode haver, então, o processo de formação personalizada nos conteúdos que o aluno estudará, escolhidos em função das exigências, dos conhecimentos e das capacidades que ele possui.
  • Vale destacar que, embora a comunicação massiva seja uma possibilidade da EAD e uma vantagem em relação aos sistemas presenciais de ensino, pode esta modalidade estar direcionada, também, a minorias e, inclusive, a um só aluno.
  • Procedimentos Industriais
  • Na EAD, a produção e a distribuição massiva de materiais e recursos didáticos e o acompanhamento a grande quantidade de alunos, geograficamente dispersos, exigem uma organização mais inflexível para comportar sistemas de produção e distribuição de materiais rigidamente programados e um sistema de relação mais estruturado entre programadores curriculares, produtores e distribuidores de material, tutores e alunos, o que dificulta uma relação flexível e o atendimento às necessidades pessoais.
  • Isto implica a aplicação de procedimentos industriais em relação à racionalização do processo, à produção massiva e à divisão do trabalho.
  • Procedimentos industriais não chegam a se configurar como uma característica definitiva dos sistemas à distância em geral, pois o nível de "industrialização" está na razão do número de alunos a serem atendidos.

3.2 Objetivos

  • Democratizar o Acesso à Educação
  • Oferta da educação para todos.
  • Atendimento aos alunos dispersos geograficamente e residentes em locais onde não haja instituições convencionais de ensino.
  • Igualdade de oportunidades educativas, de modo especial para as pessoas que não puderam iniciar ou concluir seus estudos.
  • Permanência dos alunos no seu meio cultural e natural, evitando êxodos que incidem negativamente no desenvolvimento regional.
  • Propiciar uma Aprendizagem Autônoma e Ligada à Experiência
  • Formação fora do contexto da sala de aula.
  • Aquisição de atitudes, interesses e valores por parte dos alunos, que lhes propiciem mecanismos indispensáveis para se autodeterminarem, levando-os à conscientização da importância da aprendizagem permanente.
  • Os alunos são sujeitos ativos de sua formação e o professor, seu orientador e facilitador.
  • Aprendizagem relacionada às experiências dos alunos, às suas vidas profissionais e sociais, sem afastamento de seus locais de trabalho.
  • Proposta de independência de critério, capacidade para pensar, trabalhar e decidir por si mesmo, com satisfação pelo esforço pessoal.
  • Promover um Ensino Inovador e de Qualidade
  • Diversificação e ampliação das ofertas de estudos e cursos regulares ou não.
  • Sistema educativo inovador, por sua sistemática e recursos didáticos instrucionais e de multimídia e papéis previstos para alunos e professores, desenvolvido em casa, no trabalho ou em centros locais adequados.
  • Comunicação bidirecional freqüente como garantia para uma aprendizagem dinâmica e inovadora.
  • Combinação adequada da centralização da produção e da direção do ensino com a descentralização, quando necessário, por intermédio de centros de apoio, associados ou regionais.
  • Garantia da qualidade do ensino, pelo planejamento acurado da instrução e pela elaboração de recursos didáticos por especialistas de comprovada competência em cada assunto.
  • Freqüentes avaliações do próprio sistema para diagnosticar, analisar e mensurar o alcance dos objetivos da instituição e dos cursos ministrados.
  • Incentivar a Educação Permanente
  • Satisfação da crescente demanda e das aspirações dos mais diversos grupos com a promoção de atividades de extensão educacional e cultural.
  • Oferta de adequadas estratégias e instrumentos para a formação permanente para a reciclagem e para o aperfeiçoamento profissionais.
  • Reduzir os Custos
  • Custos iniciais altos com a produção de materiais instrucionais e de apoio e toda a sistemática operacional, compensados com a economia em escala.
  • Rentabilidade dos sistemas de EAD, situando-os, quando muito, em 50% dos gastos médios do sistema tradicional de ensino.

3.3 Elementos básicos

Os quatro componentes ou elementos básicos, que se integram no sistema de Ensino à Distância, e cujas características e/ou funções são substancialmente diferentes dos análogos dos sistemas convencionais são:

  1. Aluno
  2. Professor
  3. A Comunicação entre aluno e professor
  4. A Estrutura Organizacional em que se integram

3.3.1 O Aluno

Muitas questões importantes deriva-se das características dos alunos à distância, cujos anseios e objetivos devem ser completamente diferentes dos alunos tradicionais. Como já foi mencionado, sistemas de Ensino à Distância foram originalmente desenvolvidos para atender o nível pós-secundário, e só recentemente começou a ser usado em outros níveis.

Anseios e Objetivos

Adultos têm muitas razões para buscar o Ensino à Distância: falta de tempo, distância, custos, a oportunidade de fazer cursos e a possibilidade de entrar em contato com outros estudantes de diferentes classes sociais, culturais, econômicas e experimentais. Como conseqüência eles ganham não só conhecimento, mas também novas habilidades sociais, incluindo a habilidade de se comunicar e colaborar com colegas largamente dispersos, com os quais nunca tiveram um contato pessoal.

Modos de Aprendizado

Outra variável importante na eficácia do aprendizado é a preferência do aluno por um modo particular de aprendizado, ou seja, cooperativo, competitivo ou individualizado. Muitos projetos de Ensino à Distância incorporam aprendizado cooperativo, projetos colaborativos, e interatividade entre grupos de alunos e entre sites.

No entanto, o aprendizado eficaz requer tanto conhecimento do estilo do aluno como a preparação avançada da parte do professor ou do orientador local. Professores e orientadores locais são mais aptos a tomar decisões de currículo para atender as preferências de seus alunos, tal como agrupar determinados alunos produtivamente para um projeto, ou designar alunos para projetos de pesquisa individual, podendo assim determinar o modo de aprendizado predominante dentro de sua sala de aula.

Fatores que Influenciam o Sucesso

Silvia Charp (1994) notou que com uma grande autonomia, características dos alunos, tais como audição dinâmica e a habilidade de trabalhar independentemente sem um instrutor presente, tornam-se crucial para o sucesso.

Pesquisadores examinaram dois tipos de estratégias usados por alunos à distância: primária, estratégia do conhecimento, tais como audição dinâmica e concentração, e secundária, estratégias afetivas, tais como habilidade de trabalhar independentemente dos instrutores.

Instrutores tendem a responsabilizar a alta taxa de desistência entre estudantes ao mal gerenciamento do tempo e protelação. No entanto, deve se considerar também o clima, geografia, eficiência do sistema postal, o suporte de rede da Universidade, facilidades de telecomunicações e outros fatores.

 

 

Suporte ao aluno

Há muitas maneiras de disponibilizar o suporte ao aluno. Teleconferências audiovisuais ou conversas interativas com mentores ou outros alunos são duas alternativas de visitar o site em tempo real. Uma outra alternativa são questões enviadas pelos alunos por e-mail ou fax.

Professores também precisam de suporte quando estão aprendendo sobre novas tecnologias, independente do seu nível de experiência de aula. Neste ponto, eles precisam ter a possibilidade de comunicar-se com outros professores que já passaram por esta experiência.

3.3.2 O Professor

O título atribuído ao profissional envolvido no processo de EAD, professor ou tutor, é ainda polêmico. Mas é apenas uma questão de rótulos. O problema com os rótulos é que eles tendem a limitar o potencial de desenvolvimento das pessoas ou das coisas. Na medida em que é dito "é ensino presencial, não é Ensino à Distância" ou vice-versa, elimina-se qualquer possibilidade de evolução de um e de outro. Isto se aplica também ao caso da tutoria. Esta difere da docência. Mas, daí a imaginar que, de certa forma, ela seja incluída em um processo de ensino para mascarar alguma intenção escondida é totalmente ilógica.

A tutoria é, de fato, um componente típico de ações de Ensino à Distância em que a comunicação se dá nos dois sentidos. Reconhecer este fato não significa, no entanto, admitir a existência de uma concepção universal de tutoria, ou seja, que se aplique a qualquer situação. Assim como o próprio Ensino à Distância, a tutoria assume diferentes formas dependendo da situação em que deve inserir-se, dos objetivos que pretende cumprir, do público que se beneficiará dela e das condições dadas para sua concretização: ela pode ser presencial ou "à distância", pode ser oferecida diariamente ou em dias alternados, durante todo o dia ou em períodos pré-fixados.

Para compreender melhor o que vem a ser esse serviço colocado à disposição dos alunos em alguns esquemas operacionais do Ensino à Distância, é aconselhável examinar alguns de seus aspectos.

Como princípio de análise concebe-se a tutoria presencial como sendo uma das possibilidades de concretização de "dupla via", da mesma forma que o são a tutoria por telefone, por fax, por correspondência. A tutoria presencial, no entanto, nem sempre é percebida ou desenvolvida segundo o papel que lhe cabe no processo de ensino-aprendizagem. Provavelmente, isso se deve à forte influência exercida pela vivência do ensino presencial, que a imensa maioria das pessoas têm.

O ensino presencial definiu que o processo de aprendizagem deveria ser dependente do ato de alguém ministrar aulas, ou seja, se alguém explicasse e desenvolvesse, em sala de aula ou mesmo fora dela, os conteúdos a serem aprendidos. Os alunos, esperam que um professor ensine e que só seja possível aprender à partir dele.

Dentro da especificidade do Ensino à Distância, as coisas acontecem de um modo diferente: espera-se e cria-se condições para que o aluno perceba que com materiais adequados e com boas orientações ele pode, e deve, construir a própria aprendizagem de forma autônoma e independente. A experiência tem demonstrado que isso não só é possível, como tem provocado reflexos extremamente positivos em alunos que depois de terem vivenciado o Ensino à Distância, passam a participar de situações presenciais de ensino.

A tutoria representa para os docentes do ensino presencial um enriquecimento de seu próprio papel, fato que eles só reconhecem após algum tempo de vivência na nova situação. Normalmente, ao iniciar o exercício desse novo papel, o docente se sente um pouco esvaziado: afinal, no ensino presencial, ele está acostumado a definir o caminho que os alunos deverão seguir e como e quando farão isso. Ao assumir o papel de tutor no Ensino à Distância, ele se põe à disposição do aluno para auxiliá-lo na construção do próprio caminho: não mais dá aulas; agora, ele orienta e reorienta a aprendizagem dos alunos, ajuda no esclarecimento de suas dúvidas, identifica dificuldades, sugere novas leituras ou atividades, organiza atividades de estudo em grupo, supervisiona a prática de oficina ou de laboratório.

Assumir essa nova perspectiva não é algo fácil, tanto para quem a vive, quanto para quem sofre as conseqüências de mudança.